Há cerca de 46 anos atrás, em 16 de julho de 1969, o programa espacial Apollo 11 entrava em ação, e enviava os primeiros homens à superfície lunar. Quatro dias depois do lançamento, no dia 20 de julho, às 20h17min UTC, o módulo da Apollo 11 aterrissava na Lua (ou alunissava).
A missão teve um total de 195h18min (8 dias, aproximadamente), onde 59h30min foram usados para orbitar a Lua para diminuir a velocidade da nave e alunissarem com segurança. Os três astronautas que compunham a tripulação da nave, Neil Armstrong, Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins ficaram cerca de 21h31min na superfície lunar, antes de voltarem para a Terra.
Dentre outros objetivos da missão, os astronautas coletaram aproximadamente 21,5kg de rochas e poeira lunar para serem analisados, o que possibilitou uma maior compreensão sobre a estrutura geológica que compõe a Lua.
Os astronautas também instalaram sismógrafos, afim de estudar melhor o comportamento sísmico de nosso satélite.
Também foi instalado um equipamento que funciona como um espelho, que reflete raios lasers emitidos da Terra, o que pôde trazer informações sobre oscilações no eixo da Terra, possibilidade de variações na constante gravitacional G, além de medir a distância entre a Terra e Lua com precisão astronômica (fato esse que proporcionou a descoberta do afastamento de cerca de 3,78cm anuais da Lua).
Retrorrefletor deixado na Lua na missão Apollo 11, em julho de 1969. |
Esquema do retrorrefletor utilizado na missão. |
Este espelho é na verdade chamado de Retrorrefletor. É chamado assim pois sua superfície reflete a luz com mínimo de dispersão, na mesma direção, porém, sentido oposto à fonte de luz incidente.
O retrorrefletor usado na missão Apollo 11 (e posteriormente utilizado em outras missões) era composto por uma estrutura quadrada de alumínio, onde são apoiados 100 pequenos espelhos circulares, em formato de prisma fabricados de sílica (principal composto da areia, principal matéria prima para a fabricação do vidro).
Prisma similar ao utilizado na fabricação do refletor. |
Tal prisma funciona como um olho de gato, desses que são usados em placas de sinalização, em uniforme de lixeiros, nos sinalizadores de bicicletas e em algumas peças de roupa. Ele reflete a luz incidida sobre ele num plano paralelo à fonte de luz.
Esquema mostrando a trajetória de raios luminosos incididos nos prismas. Qualquer que seja o ângulo de incidência, o reflexo será sempre paralelo à fonte de luz, fazendo com que seja possível |
A imagem abaixo mostra o resultado da experimentação desse espelho. Foram disparados vários lasers nos locais onde foram feitos os pousos da Apollo, e as linhas escuras do gráfico indicam a presença de fótons.
Gráfico mostrando a incidência de fótons refletidos de algum lugar no local onde os pousos da Apollo foram realizados. |
Dois lasers disparados contra a Lua no observatório geofísico e astronômico da NASA, em Maryland, Estados Unidos. |
E agora, terraplanistas, qual a desculpa para justificar a presença de espelhos prismáticos na Lua, ou então a presença de um espelho plano que se alinha perfeitamente a qualquer parte do mundo, 24h por dia? Os comentários são abertos a qualquer um.